Para o cirurgião plástico Laércio Cadore, presidente da Regional Brusque – Simesc*, a grande dificuldade no setor público de saúde, na região está no atraso das cirurgias eletivas, especialmente nas áreas de ortopedia, amigdalectomia, adenoidectomia e cirurgias de cataratas. Segundo ele uma das saídas para sanar o problema é a prefeitura comprar serviços médicos que já existem na região para atender a demanda. “Uma licitação entre várias especialidades resolveria o problema”, indica Cadore.
* Simesc - Sindicato dos Médicos de Santa Catarina
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A regional de Brusque tem, agregados, os municípios de Nova Trento, São João Batista, Tijucas, Guabiruba e Botuverá.
Brusque, com população superior a 105 mil habitantes, concentra a maioria dos grandes atendimentos na região, especialmente nos três hospitais da cidade: Hospital Azambuja, Hospital Evangélico e Hospital Dom Joaquim. No setor público, são 17 Unidades Básicas de Saúde com 18 equipes de Saúde da Família, além de Centro de Atenção Psicossocial, policlínica e Centro de Serviço de Saúde com atendimentos nas áreas de laboratório, fisioterapia, SAE (DST/AIDS), programa de amamentação, serviços odontológicos e Samia. Para estes atendimentos são 53 médicos.
Entre os procedimentos nas unidades públicas, estão consultas médicas, consultas de enfermagem, educação em saúde, curativos, aferição de pressão arterial, preventivos, vacinas, tratamento odontológico, administração de medicação, dispensação de medicação, visitas domiciliares, eletrocardiograma, glicemia capilar, retirada de pontos, cateterismo vesical e nebulização.
No setor privado Brusque tem três unidades básicas de saúde, 45 clínicas especializadas, 123 consultórios, uma cooperativa, três hospitais e 44 unidades de serviço de apoio de diagnose e terapia, com cerca de 140 médicos.
Em São João Batista, o Hospital Municipal Monsenhor José Locks concentra a maioria dos atendimentos, com serviços médicos, clínicos, laboratoriais, ambulatoriais e atividades afins. Em sua estrutura estão dois consultórios médicos, um consultório de enfermagem, dois ambulatórios para emergência, um posto de enfermagem, nove leitos masculinos, 16 leitos feminino, nove leitos de pediatria, quatro leitos neonatal, dois apartamentos, uma sala de parto, um centro cirúrgico, uma sala de observação, um berçário, um laboratório de análises clínicas, um raio X, um eletro cardiograma e um aparelho de ultra-sonografïa. Outros atendimentos de maior complexidade são encaminhados, na maioria das vezes, para Brusque.
O município de Tijucas conta com nove Unidades de Saúde, algumas com atendimento básico durante todo o dia, nos bairros e um Centro de Saúde no centro da cidade, com atendimento das 6 às 19 horas e o Pronto Atendimento 24 horas, para casos de urgência e emergência.
Botuverá, que tem na maioria dos seus quatro mil habitantes população rural, possui atendimento na área de saúde em postos públicos e a maioria se desloca para Brusque, com uma melhor estrutura no setor. Guabiruba dispõe de cinco Unidades de Saúde ESF (Estratégia de Saúde de Família), todas com um clínico geral, realizando consultas, visita domiciliar, apoio a grupos de hipertensos e diabéticos, e duas unidades ainda realizam pequenas cirurgias. Possui, ainda, uma policlínica com clínico geral, psiquiatra, ginecologista/obstetra, nutricionista, psicólogo, pequenas cirurgias, cardiologista, realização de eletrocardiograma, grupo de gestantes entre outras atividades. Há no município um hospital de pequeno porte, mas este é privado.
Em Nova Trento, são cinco postos de saúde, no centro e nos bairros, atendendo serviços de pediatria, ginecologia, clínico geral, ortopedia, oftalmologia, dermatologia, vigilância epidemiológica – DST/Aids, vigilância sanitária, consultório odontológico, eletrocardiograma e procedimentos de enfermagem. Os atendimentos também acontecem através do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e no Hospital Imaculada Conceição.
Para o cirurgião plástico Laércio Cadore, presidente da Regional Brusque – Simesc, a grande dificuldade no setor público de saúde, na região está no atraso das cirurgias eletivas, especialmente nas áreas de ortopedia, amigdalectomia, adenoidectomia e cirurgias de cataratas. Segundo ele uma das saídas para sanar o problema é a prefeitura comprar serviços médicos que já existem na região para atender a demanda. “Uma licitação entre várias especialidades resolveria o problema”, indica Cadore.
No Hospital de Azambuja – maior hospital público da região, os atendimentos de urgência e emergência vêm sendo realizados, cumprindo seu papel. Mas Cadore acredita que a contratação de mais médicos, com ampliação de plantonistas fixos pode melhorar e ampliar este atendimento.
Já na rede conveniada, a principal reclamação é a falta de comprometimento dos médicos, onde muitos dão prioridade ao atendimento particular, deixando de atender pelo convênio, de acordo com Cadore. Ele indica que a Unimed Brusque já está tomando providências para sanar o problema.
Fonte:
Débora E. Sabino
SABINO COMUNICAÇÃO
Assessora de Imprensa
Jornalista DRP/SC 00776JP
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